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Foto do escritorRodolpho Pinto de Mendonça

Cafeína: afinal, é bom ou ruim?



Quem não gosta de um cafezinho ao longo do dia? Essa bebida, é tão consumida no mundo ocidental que para se ter uma noção, cerca de 85% dos americanos consomem diariamente mais de 200mL. Ela é conhecida por, além de gerar prazer ao consumidor nato, estar associada ao melhor desempenho nas atividades cotidianas. Afinal, seu consumo é benéfico? Existe um limite diário?

Uma das principais substâncias contidas na bebida é a cafeína. Trata-se de uma substância quimicamente chamada de metilxantina. Esse composto geralmente atinge uma concentração no sangue cerca de 1 hora após a ingestão, e tem uma função bem conhecida no organismo: aumentar as concentrações de substâncias chamadas catecolaminas (via competição com a adenosina e inibição das fosfodiesterases). As catecolaminas, por sua vez, provocam supressão da fome e aumento da saciedade. A maior parte da cafeína consumida está contida sim no café, mas também há outras formas de ingestão, como vemos na figura abaixo a partir de dados americanos.





Além da própria cafeína, o café também apresenta uma série de substância anti-oxidantes que conferem múltiplos benefícios. Aqui, listo alguns dos potenciais benefícios do uso da cafeína:

  • Aumentar atenção e estado de alerta

  • Efeito ergogênico (melhora da performance em atletas)

  • Reduzir intensidade da dor (propriedades analgésicas)

  • Reduzir incidência de certos tipos de câncer

  • Reduzir incidência de Doença de Parkinson

  • Reduzir incidência de diabetes tipo 2

  • Redução da mortalidade geral


Concentrações “fisiológicas” da cafeína giram em torno de 4 a 6mg/kg. Ou seja, até esses valores poderíamos, em tese, consumí-la sem provocar danos aparentes ao nosso organismo. Consumo de até 2 xícaras por dia é considerado moderado. Por outro lado, mais que 5 xícaras de café ao dia, é considerado alto consumo (me enquadro nesta categoria). E qual seria a composição de cafeína nas diversas bebidas? A tabela abaixo responde a essa pergunta.



Percebemos que uma porção de 350mL do café americano apresenta, em média, 150mg de cafeína, sendo que um expresso apresenta menor quantidade, aproximadamente 60mg.


E o outro lado da moeda? Quais seriam seus malefícios? Como tudo na vida em excesso, há seus riscos. E são eles: crises de ansiedade, nervosismo, insônia, agitação, arritmias e até morte. Mas, calma! Para que aconteça essa intoxicação por cafeína, seria necessária uma ingestão maior que 8g/dia, o que equivale a consumo próximo de 80 a 100 xícaras de café diariamente. Há casos na literatura de intoxicação, porém com uso excessivo de bebidas energéticas associado ao uso concomitante de álcool.


E aí, você se considera um amante do café? Se enquadrou em que classificação: moderado consumidor ou entrou para o time dos viciados como eu?


Se ficou com alguma dúvida, é só comentar!


Grande abraço!


Referências:

1. Dam et al. Coffee, Caffeine, and Health. The New England Journal of Medicine. 2020 Jul 23;

2. Hohl Alexandre, et al. Suplementos, exercícios e esportes: uma visão endocrinológica. 1ath ed. São Paulo: Clannad; 2018. 408 p. 1 vol.

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2 Comments


goretticmp
Apr 19, 2021

Esclarecedor e aliviada, pois muuuito amante do café 👏👏👏

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Gabriella Fernandes
Gabriella Fernandes
Apr 19, 2021

Excelente tema! 👏🏻👏🏻👏🏻

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